O Presidente
CHIQUINHO PEREIRA - PRESIDENTE
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Francisco Pereira de Sousa Filho nasceu em Aguiar (Paraíba), em 2 de novembro de 1954. Filho de Francisco Pereira de Sousa e Cosma Domitila de Sousa, Chiquinho dos Padeiros tem nove irmãos: Neci, Geraldo (“in memoriam”), Antônio, José, Maria, Pedro, Ivan, Elizabete e Adriana. É casado com Gislene Aparecida de Souza e tem dois filhos: Lucas e Maria Eduarda.
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Aos sete anos veio com sua família para São Paulo. Na juventude, fixou-se no duro trabalho das padarias, onde se qualificou como confeiteiro. Convivendo com as péssimas condições de trabalho, nas quais era submetido, aproxima-se do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e da militância política.
Desde a década de 1970, Chiquinho Pereira participa das lutas dos trabalhadores e das lutas sociais contribuindo com o debate sobre temas e questões que garantam o desenvolvimento econômico e político do país, com valorização do trabalho, a distribuição de renda, inclusão social, bem como o fortalecimento da democracia e da soberania nacional.
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Neste mesmo período, Chiquinho Pereira entra para a diretoria do Sindicato dos Padeiros e ingressa no Partido Comunista Brasileiro, quando o conhecido “partidão” estava na mais profunda ilegalidade e clandestinidade.
Apesar da repressão desencadeada pelo golpe militar de 1964, Chiquinho Pereira participou das lutas pela anistia política, pela redemocratização do País e pela realização de eleições Diretas para a Presidência da República.
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Chiquinho Pereira teve atuação destacada na luta pelas conquistas sociais e garantia dos direitos dos trabalhadores na Assembleia Nacional Constituinte de 1988 e do movimento popular pelo impeachment do ex-presidente Collor.
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Em 1987, depois de anos de militância no Partido ainda clandestino, foi eleito para o Comitê Central do PCB, no seu 8º Congresso Nacional, o primeiro realizado na legalidade, e, em 2003, eleito para sua Executiva Nacional, já com o nome de Partido Popular Socialista. Atualmente, Chiquinho Pereira é filiado ao PSB.
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Antes de eleger-se, em 1987, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, teve destacada atuação político-sindical nos Encontros Estaduais da Classe Trabalhadora (Enclat’s), que culminaram com o primeiro Congresso Nacional das Classes Trabalhadoras (CONCLAT), processo que antecedeu a criação das atuais centrais sindicais brasileiras, pós-golpe militar de 1964.
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Como presidente, foi responsável, juntamente com a sua diretoria, pelo crescimento do Sindicato dos Padeiros, em tamanho e importância, com a construção da sede central na Rua Major Diogo, das subsedes e da Colônia de Férias de Caraguatatuba, sempre com o objetivo de proporcionar melhor estrutura para a organização, as lutas e os lazer dos trabalhadores.
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Sob sua liderança, a categoria adquiriu o respeito de diversos segmentos da sociedade e, principalmente, do setor patronal. Além disto, realizou e participou, tanto em nível nacional quanto em nível internacional, de congressos, reuniões, manifestações, debates, seminários, conferências e cursos.
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Chiquinho Pereira se destacou como um sindicalista incansável na luta em defesa da Norma Regulamentadora Número 12 (NR 12), que prevê proteção nas máquinas e equipamentos, ameaçada a todo o momento pelos patrões. Chiquinho dos Padeiros sabe da importância de garantir a Saúde e Segurança no ambiente de trabalho, pois, ao longo dos anos, a categoria tem sido vítima das mutilações causadas, principalmente, pelos cilindros de massa.
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Nunca se omitiu na defesa do setor de panificação como um todo, pois tem a consciência que os maiores prejudicados diante de qualquer crise sempre são os trabalhadores. Um exemplo foi a pressão exercida junto ao governo Fernando Henrique Cardoso, para excluir o setor de panificação do racionamento de energia, na época do “apagão”.
Ainda na luta contra o desemprego, Chiquinho Pereira foi um dos principais negociadores junto ao então governador Geraldo Alckmin, para obtenção da isenção do ICMS da farinha de trigo, barateando os produtos e garantindo empregos no setor .
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Antecipando-se de forma inédita a uma prática sindical que se tornaria cada vez mais recorrente, ele abriu o Sindicato para a comunidade na perspectiva da inclusão social, por intermédio de uma prática de solidariedade e ações concretas em busca da justiça e da cidadania, tais como a Ação Mulher Cidadã, Dia das Crianças, Natal, Dia Mundial do Pão, Campanha do Agasalho, Campanha de Arrecadação e Distribuição de Alimentos.
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Em parceria com o então governador Mário Covas, realizou o projeto Sindicato-Criança no âmbito do SOS Criança, que visava garantir qualificação profissional e um futuro digno aos jovens em situação de risco social.
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Em reconhecimento a sua expressiva capacidade política e organizativa, foi eleito Secretário de Organização, Formação e Políticas Sindicais no Congresso de Fundação da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e reeleito nos demais congressos da central, dando assim, continuidade histórica à sua trajetória político-sindical.
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Uma trajetória marcada por lutas e conquistas para os trabalhadores, tais como: a adoção do seguro-desemprego, do salário mínimo regional, do pagamento das perdas do FGTS causadas pelos expurgos dos planos econômicos, pela massificação do pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) e pela valorização do salário-mínimo nacional negociado com o Governo Lula, resultado das lutas empreendidas por intermédio das Marchas da Classe Trabalhadora a Brasília.
Em abril de 2008 recebeu da Câmara Municipal de São Paulo o título de Cidadão Paulistano. Um reconhecimento perante toda a sociedade por suas ações em defesa dos trabalhadores e da população de São Paulo. É também presidente da Febrapan (Federação Brasileira dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação, Confeitarias e Padarias).
Agiu no Sindicato dos Padeiros para enfrentar a reforma trabalhista de 2017, participou das ações que garantiram o auxílio-emergencial de R$ 600 na época da pandemia, defendeu a vacinação e fechou acordos que garantiram os empregos e as empresas/padarias em funcionamento na crise sanitária. Participou da organização da Conclat 2022, que elaborou 63 propostas entregues às instituições democráticas e lideranças políticas para a retomada do desenvolvimento econômico sustentável do País.
Chiquinho dos Padeiros defende as instituições democráticas, o diálogo social e a pauta da classe operária no contexto de retomada do desenvolvimento, com geração de empregos de qualidade, trabalho decente, direitos ampliados e renda digna para todos, com redução dos juros altos e do alto custo de vida e pelo fim da pobreza, da miséria e da fome.
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Para Chiquinho dos Padeiros são essenciais a revisão das reformas trabalhista e Previdenciária, o retorno da política de valorização do salário mínimo e a concretização de uma reforma tributária que seja justa e progressiva (isentando do imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil, conforme a proposta do movimento sindical adotada pelo presidente Lula).
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Chiquinho dos Padeiros defende o fortalecimento do Ministério do Trabalho, com mais recursos e poder de fiscalização, do SUS e da Educação Pública, e por políticas públicas que garantam segurança alimentar, moradia e transporte dignos para a maioria da população, protejam o meio ambiente e valorizem as questões das mulheres, dos jovens e crianças, dos aposentados, pensionistas e idosos, dos negros, dos povos indígenas, da ciência e da cultura.
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Tudo isto faz de Chiquinho Pereira um dos mais respeitados e influentes líderes político-sindicais do Brasil, na luta por uma sociedade mais democrática, igualitária, desenvolvida, pacífica, ambientalmente sustentável e verdadeiramente humana.