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COP 30: A luta por um mundo justo, sustentável e inclusivo!

  • Writer: Assessoria de Comunicação
    Assessoria de Comunicação
  • Aug 19
  • 6 min read
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“Os oportunistas de plantão não podem comprometer o amplo e necessário trabalho global em defesa do clima, do meio ambiente e da vida, em todas as suas formas, no planeta Terra”, afirma Chiquinho Pereira


Neste ano, o Brasil receberá pela primeira vez a “Conferência das Partes”, a COP 30 (Trigésima Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima).


Como enfrentar os desafios e desenvolver os caminhos para conciliar: conservação ambiental, mudanças climáticas, ciência e tecnologia, financiamentos, trabalho decente e renda digna, justiça e inclusão social, entre tantos temas que precisam do diálogo e de uma convivência equilibrada para um futuro melhor? Como avançar na construção, apoio e fortalecimento de ações sustentáveis e inclusivas que são os grandes temas da Humanidade?


Com o personagem do folclore indígena brasileiro conhecido por proteger a fauna e a flora e que também simboliza a conexão do homem com a natureza, o Curupira é o mascote do evento que acontecerá entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025 em Belém (PA) e contará com as presenças de autoridades, cientistas e especialistas do clima e em meio ambiente, ONGs, ativistas, movimentos sociais e sindicais, chefes de Estado, ministros, diplomatas e artistas. E nos dias 6 e 7 de novembro também ocorrerá o encontro entre os chefes de Estado, a Cúpula de Líderes.


A COP 30 é um encontro onde discussões são travadas em prol do clima do nosso planeta. As mudanças climáticas são uma realidade que preocupa cientistas e defensores da natureza e deveria ser motivo de preocupação global. É um acontecimento histórico que representa uma grande oportunidade de o Brasil reiterar e demonstrar sua capacidade em negociações sobre mudanças climáticas e sustentabilidade, como por exemplo, nas áreas de energias renováveis, em biocombustíveis e na agricultura de baixo carbono. Vale destacar a atuação histórica do País na Eco-92 (Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e o Desenvolvimento, Rio de Janeiro, 1992) e na Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, Rio de Janeiro, 2012).


Atualmente já sentimos na pele e no bolso as consequências dessas mudanças, como por exemplo, as enchentes, as queimadas, o desmatamento, a contaminação das águas, a falta de água, a poluição e as secas que comprometem a segurança física e alimentar de toda espécie de vida no planeta Terra.


Alguns dos tópicos principais a serem discutidos são:

1. Redução de emissões de gases de efeito estufa.

2. Adaptação às mudanças climáticas.

3. Financiamento climático para países em desenvolvimento.

4. Tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono.

5. Preservação de florestas e biodiversidade.

6. Justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas.


Calendário de dias temáticos

• 10–11 de novembro destacarão os temas de Adaptação, Cidades, Infraestrutura, Água, Resíduos, Governos Locais, Bioeconomia, Economia Circular e Turismo, lançando as bases para a prontidão e resiliência climática em todos os sistemas, setores, comunidades e regiões.

• 12–13 de novembro: Saúde, Empregos, Educação, Cultura, Justiça e direitos humanos, Integridade da informação e Trabalhadores. Estes dias também introduzem o Balanço Ético Global, reforçando a equidade e a responsabilidade moral na governança climática.

• 14–15 de novembro: focarão na transformação de sistemas em Energia, Indústria, Transporte, Comércio, Finanças, Mercados de carbono e Gases não-CO₂, apoiando o esforço global para triplicar a energia renovável, dobrar a eficiência energética e fazer a transição dos combustíveis fósseis de forma justa, ordenada e equitativa.

• 17–18 de novembro: elevarão a gestão planetária e comunitária — centrando-se em Florestas, Oceanos e Biodiversidade, enquanto destacam os Povos indígenas, Comunidades locais e tradicionais, Crianças e a Juventude e Pequenos e médios empreendedores, mostrando soluções inclusivas, com base na realidade e alinhadas com a natureza.

• 19–20 de novembro: abordarão a alimentação, a agricultura e a equidade em suas raízes, tratando de Agricultura, Sistemas alimentares e segurança alimentar, Pesca e Agricultura familiar. Enfatizarão também debates relacionados a Mulheres, Gênero e Pessoas Negras. Além disso, os últimos dias temáticos se concentrarão em Ciência, Tecnologia e Inteligência Artificial, ressaltando seu papel fundamental na condução da inovação, governança e equidade digital como habilitadores cruciais para soluções climáticas globais.

• 21 de novembro: fechamento.

A expectativa é que ao final do evento seja traçado um acordo de ação para que cada país se comprometa com o cuidado e a recuperação do clima. Diminuir a emissão de poluentes, reparação e indenização dos danos que já foram causados principalmente aos países mais pobres deve ser o entendimento. E que os países mais ricos assumam suas responsabilidades e façam suas contribuições e financiamentos.


Saiba mais sobre as edições das COPs:

(COP é a sigla para “Conferência das Partes”)

1995 - Berlim, Alemanha, COP 1

1996 - Genebra, Suíça, COP 2

1997 - Kyoto, Japão, COP 3

1998 - Buenos Aires, Argentina, COP 4

1999 - Bonn, Alemanha, COP 5

2000 - Haia, Holanda, COP 6-I

2001 - Bonn, Alemanha, COP 6-II

2001 - Marrakech, Marrocos, COP 7

2002 - Nova Délhi, Índia, COP 8

2003 - Milão, Itália - COP 9

2004 - Buenos Aires, Argentina, COP 10

2005 - Montreal, Canadá, COP 11

2006 - Nairóbi, Quênia, COP 12

2007 - Bali, Indonésia, COP 13

2008 - Poznań, Polônia, COP 14

2009 - Copenhague, Dinamarca, COP 15

2010 - Cancún, México, COP 16

2011 - Durban, África do Sul - COP 17

2012 - Doha, Catar - COP 18

2013 - Varsóvia, Polônia - COP 19

2014 - Lima, Peru - COP 20

2015 - Paris, França - COP 21

2016 - Marrakech, Marrocos - COP 22

2017 - Bonn, Alemanha - COP 23

2018 - Katowice, Polônia - COP 24

2019 - Madrid, Espanha - COP 25

2020 - Pandemia de COVID-19

2021 - Glasgow, Escócia - COP 26

2022 - Sharm el-Sheikh, Egito - COP 27

2023 - Dubai, Emirados Árabes - COP 28

2024 - Baku, Azerbaijão - COP 29


Palavra do presidente Lula:

Para o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, a COP 30 será diferente, pois, “uma coisa é discutir a Amazônia no Egito; outra coisa é discutir a Amazônia em Berlim; outra coisa é discutir a Amazônia em Paris. Agora, não. Agora nós vamos discutir a importância da Amazônia dentro da Amazônia. Nós vamos discutir a questão indígenas, vendo os indígenas. Nós vamos discutir a questão dos povos ribeirinhos, vendo os povos ribeirinhos e vendo como eles vivem”. Em recente artigo, o presidente Lula lembrou que “…não se trata de fazer caridade, mas de corrigir disparidades que têm raízes em séculos de exploração, ingerência e violência contra povos da América Latina e do Caribe, da África e da Ásia…Os países ricos são os maiores responsáveis históricos pelas emissões de carbono, mas serão os mais pobres quem mais sofrerão com a mudança do clima…”.


Para o Sindicato dos Padeiros de São Paulo:

O Sindicato dos Padeiros de São Paulo recomenda nos Acordos e Convenções Coletivas de Trabalho a aplicação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, previstos na Agenda Mundial definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) com 17 objetivos e metas a serem adotados até 2030.


Alguns objetivos da Agenda são:

* erradicação da pobreza.

* energia limpa e acessível.

* igualdade de gênero.

* indústria, inovação e infraestrutura.

* cidades e comunidades sustentáveis.

* segurança alimentar e combate à fome.

* trabalho decente e crescimento econômico.

* água potável e saneamento.

* redução das desigualdades.

* ação contra a mudança global do clima.


A voz dos Padeiros:

Para Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, “será um encontro para reflexão, debates e negociações, com o objetivo de colocar em prática um programa de parceria diante da urgente crise climática e social que o mundo atravessa. E, no contexto do desenvolvimento sustentável e das novas tecnologias nos setores produtivos, é fundamental garantirmos à classe trabalhadora uma transição justa, com qualificação profissional, emprego decente e renda digna”. Chiquinho solicita ao governo brasileiro que resolva da melhor maneira possível a questão relativa aos altos custos de hospedagem no período da COP 30. “Os oportunistas de plantão não podem comprometer o amplo e necessário trabalho global em defesa do clima, do meio ambiente e da vida, em todas as suas formas, no planeta Terra”, conclui.


Por Susana Buzeli, jornalista e assessora de imprensa dos Sindicato dos Padeiros de São Paulo com informações de veículos oficiais.


 
 
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